Aprofundar é preciso. Sobretudo em uma sociedade que cada vez mais vive e sobrevive de slogans, manchetes e chavões, a formação de opinião relativa a várias questões complexas acaba acontecendo sem qualquer verdadeiro grau de profundidade e conhecimento. Isto leva a uma democracia que recua ao invés de evoluir e amadurecer; a uma perda de oportunidade de recrudescimento democrático e a uma composição de ideias e ideais com bases superficiais. Algo muito interessante para vários grupos sociais, mas péssimo do ponto de vista pessoal, republicano e democrático, no sentido mais, aí sim, profundo e extenso do vocábulo. As famosas massas de manobra, manipuladas e conduzidas, por exemplo, por informações rasas são, por um lado, altamente interessantes para grupos e categorias sociais favorecidas por determinado status quo, mas, por outro, altamente desfavoráveis e lesivas para o crescimento de uma democracia com alicerces rijos e fundados no verdadeiro domínio de saberes. E quando a matéria esbarra no saber jurídico, inúmeras questões se agravam, pois a tecnicidade é desprezada, muitas vezes, até mesmo, pelos próprios técnicos do Direito, muitos dos quais com a formação jurídica comprometida pelo caminho profissional escolhido (em várias ocasiões, muito restrito e específico) e pela falta de necessidade/possibilidade/interesse em aprofundamentos teóricos a título de atualização e manutenção do aprendizado jurídico. E se este é problema que atinge a própria categoria de profissionais jurídicos, o que dizer de profissionais, por mais bem qualificados que sejam, em suas respectivas áreas de atuação (ligadas à matemática, física, engenharia, economia, administração etc.). Por isso, tendo em vista que as ciências sociais findam por ocupar papel de destaque na composição de opiniões que diz respeito ao próprio futuro político e administrativo do país, cada vez mais se torna evidente a imperiosidade de difusão de conhecimentos não superficiais e mais precisos. Tanto par os ditos leigos em matérias do gênero, quanto e, sobretudo, para profissionais de áreas afins, em relação aos quais não vigora qualquer desculpa de falta de interesse e necessidade de estudo. Então, estudantes e profissionais do Direito: ESTUDEM; APROFUNDEM-SE; E NÃO SE DEIXEM LEVAR POR MERAS FRASES E COLOCAÇÕES DE IMPACTO. Em um mundo em que vige a rapidez no processo de transmissão e captação de informações (indústria midiática televisiva, redes sociais, internet etc.), a atenção deve ser redobrada. MUITO POUCO SE ESTUDA NO BRASIL. E A LÓGICA DEVE SER INVERTIDA. DEVE-SE SEMPRE E, A CADA DIA, ESTUDAR MAIS E MAIS!!! B, L